Alimentos transgênicos
São alimentos produzidos a partir de organismos cujo embrião foi modificado em laboratório, pela inserção de pelo menos um gene de outra espécie. Alguns dos motivos de modificação desses alimentos são para que as plantas possam resistir às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias e outros) e a herbicidas. O mau uso de pesticidas pode causar riscos ambientais, tais como o aparecimento de plantas resistentes a herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água. O uso de herbicidas, inseticidas e outros agrotóxicos pode diminuir com o uso dos transgênicos, já que eles tornam possível o uso de produtos químicos corretos para o problema. Uma lavoura convencional de soja pode utilizar até cinco aplicações de herbicida, enquanto que uma lavoura transgênicaRoundup Ready (resistência ao herbicida glifosato) utiliza apenas uma aplicação.
Transgênicos ou organismos geneticamente modificados (OGMs) são seres vivos cuja estrutura genética a parte da célula onde está armazenado o código da vida, o DNA foi modificado pelo homem através da engenharia genética, de modo a atribuir a esses seres uma determinada característica não programada por sua natureza.
Segundo dados do Greenpeace, em 1990 não haviam lavouras comerciais de soja transgênica. Já em 1998, a área cultivada tinha superado os 28 milhões de hectares. Os principais cultivos de transgênicos hoje são o de soja, milho, algodão, e batata.
Os principais argumentos contrários vêm de ecologistas que apontam os transgênicos como vilões, afirmando que a ciência não tem controle total sobre o funcionamento dos genes, e que só o interesse econômico justifica a velocidade com que os transgênicos estão chegando à mesa do consumidor; não porque são mais produtivos, mas porque podem ser patenteados e garantir altos lucros.
Isso é um grande problema, já que apenas 10 países respondem por 84% dos recursos para pesquisa e desenvolvimento no mundo e controlam 95% das patentes. Pessoas ou empresas de países industrializados detém os direitos sobre 80% das patentes concedidas nos países subdesenvolvidos. Quais seriam os efeitos de tamanha dependência nesse setor? Como ficariam as populações de países em desenvolvimento que não podem pagar o preço dessa nova tecnologia?
Os ambientalistas até já criaram um apelido para esses tipo de comida: Frankenfood, uma mistura de Frankenstein e food (comida em inglês).
Uma das grandes causas dos transgênicos é em benefício da saúde. Um alimento pode ser enriquecido com um componente nutricional essencial. Um exemplo é do feijão que, por inserção de gene da castanha-do-pará, passou produzir metionina, um aminoácido essencial para a vida. Ou um arroz, que geneticamente modificado, produz vitamina A. Plantas geneticamente modificadas também pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através produção de proteínas e até mesmo vacinas.
Outro benefício desse tipo de alimento está na diminuição do uso de agrotóxicos. Pode-se introduzir numa planta um gene capaz de faze-la ficar resistente a pragas e doenças, baixando, com isso, o custo de produção e o preço do alimento para os consumidores.
Existem pessoas como Doug Parr, pertencente à organização não-governamental Greenpeace, que preferiam que nada saísse do controle da mãe-natureza. Nem mesmo nos casos em que a justificativa é salvar colheitas de pragas. Segundo o cientista, há alternativas naturais viáveis, como ficou provado no Quênia. Ali, a broca de milho foi eliminada de muitas plantações com a introdução de um capim que, plantado ente os pés do milho, repelem o inseto e, ao final da colheita, ainda serve como alimentos para animais.
Se o objetivo é um alimento sem agrotóxicos, uma das soluções poderia ser os alimentos orgânicos, produzidos da forma mais natural possível, com adubo orgânico, como esterco e restos de vegetais. O gosto amargo desses alimentos está no preço.
Segundo a Associação de Agricultura Orgânica, eles podem custar de duas a dez vezes mais que os similares produzidos à base de tecnologia. E a pequena produção brasileira não alcança a demanda quase tudo é exportado para os Estados Unidos e a Europa. ” Interessante é ver que os estrangeiros, que inventaram os transgênicos, na hora de comer preferem os orgânicos”, comenta Ricardo Cerveira, agrônomo da Associação de Agricultura Orgânica.Também pode-se fazer com que a planta adquira genes que façam com que o seu período de desenvolvimento seja mais curto, o que determina uma colheita rápida e um aumento na produtividade, sem que haja um aumento no preço do produto final.
ESCOLA: Lyceu Paraibano
ALUNA: Priscila Danielly S. de Lima
SÉRIE: 3ª 37